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O que é Escolasticismo Reformado?

Nossos pais reformados usaram a escolástica para transmitir a ortodoxia

O que é o Escolasticismo Reformado?

Para muitos leitores, “Reformado” e “escolasticismo” podem parecer uma conjunção estranha. No pensamento da Reforma e pós-Reforma, “os escolásticos” eram muitas vezes uma abreviatura para os “vilões”. Martinho Lutero até escreveu uma obra inicial contra a teologia escolástica. [1] No pensamento popular, o escolasticismo é frequentemente confrontado com um compromisso com as escrituras, substituindo a exegese por argumentos complexos e confusos sobre quantos anjos poderiam dançar na cabeça de um alfinete.


No entanto, muitos estudiosos reconheceram que a Teologia Reformada, por volta de 1560 até meados do século XVIII, reviveu o método escolástico para ensinar teologia a estudantes de seminários em universidades reformadas. [2] Alguns estudiosos até rastrearam indícios de influência escolástica em autores anteriores, como Lutero e Calvino, apesar do ódio deles contra o escolasticismo. [3] Nada menos que Karl Barth (1886-1968) afirmou: “O medo do escolasticismo é a marca de um falso profeta”. [4] Embora este autor discorde de Barth na maioria das coisas, Barth observou corretamente que os teólogos e pastores modernos precisam aprender algo do escolasticismo reformado para compreender e transmitir as ideias reformadas à geração atual.


As principais questões diante de nós são: o que é o Escolasticismo Reformado, quais são os seus benefícios e quais são as maneiras pelas quais podemos distorcê-la? Este ensaio procura responder a estas questões, argumentando principalmente que devemos compreender o Escolasticismo Reformado tanto para usá-lo corretamente como para evitar distorcer a dogmática reformada clássica.


O que é Escolasticismo Reformado?


“Escolástico” é uma palavra um tanto nebulosa. Tal como o termo “puritano”, muitas vezes pensamos que o compreendemos até tentarmos defini-lo. [5] Também como o “puritanismo”, o “escolasticismo” muitas vezes se torna um termo depreciativo mal definido em algo que as pessoas não gostam. Seguindo Ulrich Leinsle e outros, este autor define principalmente escolasticismo como um método de ensino nas escolas (daí o nome “escolástica”), que começou na Idade Média e se estendeu até a teologia pós-Reforma. [6] Embora esta definição permaneça um tanto vaga, esta seção procura dar-lhe forma concreta principalmente através de ilustrações.

 

Nossos dois termos-chave são “Reformado” e “escolasticismo”. Se o escolasticismo se refere a um método de transmissão de ideias, então “Reformado” indica uma marca particular de ortodoxia confessional. Sem julgar qual tipo de ortodoxia é o correto, a ortodoxia, como um termo histórico, inclui a ortodoxia Luterana, Reformada e Católica Romana. [7] A definição de cada forma de “ortodoxia” é feita através de um conjunto de declarações confessionais normativas. Enquanto o Livro da Concórdia os Decretos do Concílio de Trento caracterizaram a ortodoxia Luterana e Católica Romana pós-Reforma, respectivamente, muitas confissões definiram a Ortodoxia Reformada, mais notavelmente as chamadas Três Formas de Unidade, a Segunda Confissão Helvética e, mais tarde, a Confissão de Fé de Westminster e Catecismos. Embora não descrevendo aqui cada forma de “ortodoxia”, a ortodoxia se refere ao conteúdo doutrinário normativo de cada movimento.

 

À medida que as universidades protestantes se desenvolviam, os professores necessitavam de um método apropriado para transmitir a ortodoxia aos alunos. O Escolasticismo Reformado abrange aproximadamente desde a década de 1560, quando surgiram algumas das principais declarações confessionais reformadas, até pelo menos meados do século XVIII, quando as mudanças filosóficas do Iluminismo forneceram aos autores novas categorias através das quais transmitir ideias. Ilustrando o caráter nebuloso do escolasticismo, Leinsle argumenta que o método escolástico começou já em Agostinho (354-430), embora a maioria dos autores use Anselmo (1033-1109) como ponto de partida. A data de início de Anselmo é um pouco mais organizada, tendo a vantagem de conectar a ascensão do método escolástico à ascensão das universidades medievais. A principal questão em torno do escolasticismo é: como as pessoas ensinavam teologia nas escolas?


Que características, então, tornam o método escolástico identificável, tanto na Idade Média como no pensamento pós-Reforma? Algumas de suas principais características relevantes eram a capacidade de definir termos com clareza e de fazer distinções nítidas, utilizando os termos científicos atuais disponíveis na época. [8] Isto poderia incluir categorias extraídas do Neoplatonismo, ou mais famosamente (ou infamemente) de Aristóteles, começando no final do século XII em diante. É importante reconhecer que as categorias científicas extraídas de fontes filosóficas serviram principalmente para fornecer aos teólogos as distinções necessárias para transmitir ideias. Tomás de Aquino (1226-1274) é comumente conhecido pelo uso das categorias aristotélicas, mas muitas vezes ele as adaptava para atender às necessidades de sua teologia. [9]No período pós-Reforma, Peter Ramus (1515-1572) procurou revisar e simplificar a lógica de Aristóteles em busca de uma melhor ferramenta de ensino, ilustrando o papel utilitário do escolasticismo como método. [10]


As formas ou meios primários da teologia escolástica eram as perguntas (quaestio), disputas e discursos declamatórios, todos baseados em termos e definições científicas cuidadosas. Para dar alguns exemplos medievais, Tomás de Aquino é uma ilustração fácil de compreender do método quaestio, uma vez que cada capítulo da sua Summa Theologiae começa com uma pergunta, seguida de respostas negativas a ela, levando às suas respostas e refutações às objeções, resultando numa declaração clara de doutrina. O escolástico reformado Francis Turretin (1623-1687), entre outros, seguiu amplamente esse método em seu Institutes of Elenctic Theology [Compêndio de Teologia Apologética], que se tornou um texto padrão da ortodoxia reformada. [11]


As disputas, de forma semelhante a quaestio, levantavam uma pergunta à qual os alunos procuravam defender as suas respostas, após delimitar claramente a questão e defini-la de maneira precisa. Frequentemente, teólogos reformados publicaram obras teológicas respondendo às próprias perguntas da disputa, como a chamada “Sinopse de Leiden”, que se opôs ao sistema arminiano de doutrina na Holanda no início do século XVII. [12]


A teologia declamatória, ou didática, simplesmente apresentava o sistema de doutrina de uma maneira resumida e direta, muitas vezes ignorando questões e disputas por uma questão de brevidade. O Breviloquium de Boaventura (1217-1274) se ajusta a esta forma, dando aos leitores resumos concisos de cada doutrina e todas as suas distinções relacionadas em breves capítulos em um único volume, [13] em contraste com  a Summa de vários volumes de Tomás de Aquino. Autores reformados também seguiram esta forma, representada pelos sistemas teológicos concisos e diretos de William Ames (1576-1633) e Johannes Wollebius (1689-1629), [14] embora autores como Amandus Polanus (1561-1610) pudessem expandir este método em textos volumosos. [15] O uso de termos científicos atuais para transmitir ideias através de definições e distinções precisas se espalhou por outras ciências, como a medicina, que ainda hoje mantém algumas dessas distinções. [16]

 

Embora às vezes difícil de distinguir, e não totalmente separada, a teologia escolástica era distinta da teologia popular. Superficialmente, pode-se “sentir” a diferença entre o Breviloquium de Boaventura e seu trabalho sobre a jornada da mente em direção a Deus, embora ambos visassem o verdadeiro conhecimento de Deus. [17] Da mesma forma, Andreas Hyperius (1511-1564), o primeiro autor reformado a escrever sobre o método teológico, distinguiu a teologia escolástica da teologia popular. [18] A precisão e os termos escolásticos influenciaram a teologia popular, ainda que com distinções menos explícitas e abordagem mais direta. John Owen (1616-183) ilustra esse ponto se os leitores compararem sua Christologia com suas Meditations on the Glory of Christ [Meditações sobre a Glória de Cristo], ambas no volume I de suas obras. [19] A Cristologia é densa, detalhada e muitas vezes desafiadora, enquanto as Meditations apresentam o mesmo material, ensinando à sua congregação como viver e como se preparar para o céu.

 

O método escolástico é, em muitos aspectos, melhor ilustrado do que definido. Por exemplo, seguindo o método quaestio, Tomás de Aquino perguntou se uma pessoa divina pode assumir uma natureza humana sem assumir a personalidade humana. Depois de apresentar argumentos Nestorianos de que é impossível assumir a natureza humana sem assumir a personalidade humana, Aquino definiu sua posição de que Cristo era uma pessoa divina com ambas as naturezas, humana e divina, respondendo às objeções contra isso. Em última análise, uma vez que o suppositum em Cristo reside na sua identidade como Deus Filho, e uma vez que não podemos dividir a divindade e a personalidade na Trindade, Cristo deve ser uma pessoa divina que assumiu uma natureza humana, sendo a identidade pessoal da sua humanidade subsistindo em união hipostática com a natureza divina. [20] Todos os autores reformados seguiram efetivamente as mesmas linhas de argumentação na Cristologia.


Polanus fornece uma ilustração sólida do método escolástico ao tratar da perspicuidade das Escrituras contra as visões católicas romanas da obscuridade das Escrituras, cuja interpretação se baseava na tradição do magistério da Igreja. Depois de argumentar que as Escrituras são claras e que todos deveriam lê-las, [21] ele apresentou uma visão protestante da relação adequada entre as Escrituras e a tradição. Em vez de ser magisterial, a tradição tinha autoridade ministerial, ensinando a igreja a compreender as Escrituras considerando dogmas históricos (corrigíveis). A prioridade foi dada para os credos e concílios ecumênicos, depois para os padres e outros professores notáveis, ao lado dos ministros ordenados e, finalmente, colocando a interpretação privada em último lugar em ordem de prioridade. [22]Tal como um estudante que aprende com um professor, o argumento de Polanus é que a igreja deve ser tendenciosa a favor dos seus professores sem segui-los servilmente. Tais exemplos mostram como o uso de categorias científicas de forma eclética (ouso dizer pragmaticamente) permitiu que os teólogos escolásticos dissessem o que queriam dizer sobre as doutrinas bíblicas, usando definições e distinções precisas e claras.


O que devemos fazer (e Não Fazer) com o Escolasticismo Reformado?


A questão ainda pendente é: quais são os benefícios do Escolasticismo Reformado e quais são as maneiras pelas quais podemos distorcer o Escolasticismo Reformado? Simplificando, a principal vantagem do Escolasticismo Reformado reside em aguçar o nosso pensamento, e a sua principal distorção reside em arruinar o nosso falar. Em outras palavras, o Escolasticismo Reformado pode potencialmente ensinar as pessoas a pensar com mais clareza e, se for mal utilizado, levá-las a comunicar de forma mais deficiente.

 

Começando pelo positivo, como o Escolasticismo Reformado nos leva a pensar com mais clareza? Os exemplos mais óbvios, embora de forma alguma isolados, estão na Teologia Trinitária e na Cristologia, onde mais precisamos de distinção e precisão. A maioria das pessoas pensa que a Teologia Trinitária e a Cristologia pós-Reforma são Nicenas e Calcedônias, respectivamente. Isto é ao mesmo tempo verdadeiro e incompleto, uma vez que a maior parte da Teologia Reformada explicou a Trindade e a Cristologia totalmente baseada em categorias medievais e escolásticas. [23] Por exemplo, a maioria das discussões medievais sobre a personalidade Trinitária começou com Boécio (480-525), que definiu pessoa como “uma substância individual de natureza racional”. [24] Embora a maioria dos medievais tenha modificado esta definição, “individual” e “racional” permaneceram termos-chave. Segundo Ricardo de São Victor (1110-1173), a essência descrevia algo, enquanto a pessoa designava alguém. [25] Pessoa descreve uma individual, singular e incomunicável propriedade, [26] distinguindo-a de outras apenas pela origem. Com base nesta ideia, Tomás de Aquino observou: “Ora, a distinção em Deus ocorre apenas por meio da relação de origem”. [27]Isso significava que o Pai não era Deus de ninguém, o Filho era Deus do Pai e o Espírito era Deus do Pai e do Filho juntos. Distinguindo, sem separar, essência e pessoa em Deus, o Filho era uma pessoa divina pela comunicação eterna da essência divina do Pai, e assim o Espírito pela comunicação do Pai e do Filho. João Calvino (1509-1564) seguiu esta linha de pensamento, definindo pessoa como uma “qualidade incomunicável”, [28] embora excluindo a relação de origem ou comunicação de essência. Entretanto, a maioria dos escolásticos reformados não seguiu Calvino neste ponto. [29] O divino de Westminster, Francis Cheynell (1608-1665), por exemplo, definiu pessoa como,


um espiritual e infinito subsistente, relacionado de fato com aquelas outras pessoas incriadas, que subsistem na mesma natureza divina com ele, mas distinto dessas pessoas coessenciais por sua maneira peculiar de subsistência, ordem de subsistência, relação singular e propriedade incomunicável. [30]


Ainda assim, mantendo a ideia de relação ou origem e comunicação da essência divina, ele perguntou (em contraste com Calvino): “Como você pode descrever uma pessoa divina, se abstrair sua personalidade de sua divindade?” [31] Eu argumentei em outro lugar que William Perkins (1558-1602), Francis Turretin e outros argumentaram em linhas semelhantes. [32]

 

As mesmas observações são verdadeiras para a Cristologia. A questão é que a Teologia Trinitária e a Cristologia requerem definições claras, distinções nítidas e linguagem precisa para permanecerem ortodoxas. Embora a Teologia Reformada represente a Teologia Cristã comum nestes pontos, é justo dizer que o método escolástico é, sem dúvida, tanto necessário quanto incorporado no coração da Teologia Cristã Ocidental. Talvez possamos agora simpatizar com o argumento de Barth de que o medo do escolasticismo marca um falso profeta.


Qual é, então, o “lado negro” do Escolasticismo Reformado? A principal desvantagem do escolasticismo, seja reformado ou não, é perder a capacidade de comunicar-se com pessoas reais. Lembre-se de que o método escolástico foi uma ferramenta que os autores reformados usaram para transmitir a ortodoxia. Quando a ferramenta funciona, ela é útil. Quando isso não acontece, procura-se outra ferramenta. Por exemplo, se defendermos a ideia (correta) da simplicidade divina, a saber, que Deus é seus atributos e que ele não é composto de partes como nós, então, em algumas circunstâncias, pode não ser útil imitar Polanus listando os sete modos de composição de Aristóteles, apenas para negá-los um de cada vez. [33] Dependendo do seu público, pode ser melhor dizer às pessoas que Deus é seus atributos, e ilustrar o ponto mostrando nas Escrituras como cada atributo assume e é influenciado pelos outros. Da mesma forma, a quaestio de Turretin sobre que língua os santos falarão na glória provavelmente não será muito útil para a maioria dos leitores modernos, [34] embora a “Sinopse de Leiden” acrescente que a questão surgiu a partir de Agostinho em Gênesis. [35]

 

Às vezes, os estudantes modernos, entusiasmados com a precisão e a clareza do Escolasticismo Reformado, cometem o erro de tentar falar às pessoas modernas em categorias escolásticas, em vez de traduzir ideias úteis em termos mais simples, omitindo até algumas delas por uma questão de acomodação. Não se esqueça que a razão pela qual as pessoas ainda leem sermões puritanos e ainda usam o Catecismo Maior de Westminster é que elas mantiveram a precisão da teologia escolástica enquanto transmitiam ideias de forma clara e simples às pessoas comuns.

 

Contudo, como diz o famoso provérbio latino, abusus non tulit usus (o abuso não elimina o uso). Quem deixaria de comer por medo de uma intoxicação alimentar? Ou quem evitaria a cirurgia cardíaca porque os cirurgiões podem cometer erros? O Escolasticismo Reformado pode nos ensinar como pensar bem, mesmo que precisemos aprender como nos comunicar bem através de alguma criatividade orante e sabedoria aplicada. Por exemplo, se tentarmos convencer alguém de que ser membro de uma igreja é bíblico, precisamos identificar e restringir a questão, de uma forma escolástica, para atingir o nosso alvo. A questão não é se os cristãos precisam de comunhão, devem assistir regularmente aos cultos de adoração ou participar no ministério com outros. A questão é se eles deveriam acrescentar seus nomes aos registros de uma igreja local. Usado corretamente, o Escolasticismo Reformado tanto nos ensina o pensamento crítico como expande a nossa caixa de ferramentas para apresentar o nosso caso com clareza.


Leia os Escolásticos Reformados hoje


O Escolasticismo Reformado era uma ferramenta de ensino adequada para ensinar estudantes universitários. Nem o escolasticismo medieval nem o protestante foram desenvolvidos para ensinar os memebros das congregações. No entanto, o Escolasticismo Reformado serviu ao seu propósito de transmitir e defender a ortodoxia reformada para uma nova geração.

 

Estudantes sérios, e especialmente professores, de Teologia Reformada não podem se dar ao luxo de ignorar este período histórico. Embora a maioria dos textos Escolásticos Reformados estejam enterrados em latim, muitas traduções para o inglês estão agora disponíveis, incluindo Ames, Jerome Zanchius (1516-1619), Turretin, a “Sinopse de Leiden”, Peter van Mastricht (1630-1706), Johannes Heidegger (1633-1698), Johannes Maccovius (1588-1644), Bernardinus de Moor (1709-1780), Herman Witsius (1636-1708) e Wilhelmus a Brakel (1635-1711). Edward Leigh (1602-1671) tem a vantagem de ser um dos poucos autores do século XVII a escrever um texto escolástico em inglês, que está gratuito em prdl.org. [36] Tal literatura representa algumas das melhores, mais maduras e claras apresentações da Teologia Reformada já escritas. Embora a definição do método escolástico continue a ser um desafio, se você pegar e ler algumas dessas obras, provavelmente reconhecerá quando as vir e verá seu valor quando as conhecer.


Notas finais


[1] Gerhard Muller, “Luther’s Transformation of Medieval Thought: Discontinuity and Continuity”, em The Oxford Handbook of Martin Luther's Theology (Oxford: Oxford University Press, 2014), 105–14.


[2] Para listar alguns, Richard A. Muller, Post-Reformation Reformed Dogmatics: The Rise and Development of Reformed Orthodoxy, Ca. 1520 to Ca. 1725, 2nd ed., 4 vols. (Grand Rapids, MI: Baker Academic, 2003); Jordan J. Ballor, David S. Sytsma e Jason Zuidema, eds., Church and School in Early Modern Protestantism: Studies in Honor of Richard a. Muller on the Maturation of a Theological Tradition, vol. 170, Studies in the History of Christian Traditions (Leiden: Brill, 2013); Willem J. van Asselt, “Reformed Orthodoxy: A Short History of Research”, em A Companion to Reformed Orthodoxy, ed. HJ Selderhuis, vol. 40, Brill’s Companions to the Christian Tradition (Leiden: Brill, 2013), 11–26; WJ van Asselt et al., Introdução à Escolástica Reformada, trad. Albert Gootjes (Grand Rapids, MI: Reformation Heritage Books, 2011); Carl R. Trueman e R. Scott Clark, eds., Protestant Scholasticism: Essays in Reassessment (Carlisle: Paternoster, 1999); Ryan M. McGraw, Reformed Scholasticism: Recovering the Tools of Reformed Theology (Edimburgo: T&T Clark, 2019); WJ van Asselt e E. Dekker, eds., Reformation and Scholasticism: An Ecumenical Enterprise (Grand Rapids, MI: Baker Academic, 2001).

  

[3] D. V. N Bagchi, “Sic et Non: Luther and Scholasticism”, em Protestant Scholasticism: Essays in Reassessment, ed. R. Scott Clark e Carl R. Trueman (Eugene, OR: Wipf & Stock, 2006), 3–15; David C Steinmetz, Calvin in Context (Nova York: Oxford University Press, 1995); DC Steinmetz, “The Scholastic Calvin”, Protestant Scholasticism: Essays in Reassessment, sd, 16–30; Richard A. Muller, Christ and the Decree: Christology and Predestination in Reformed Theology from Calvin to Perkins (Grand Rapids, MI: Baker Academic, 2008).


[4] Conforme citado em van Asselt et al., Reformed Scholasticism, 15.


[5] Para uma pesquisa, consulte Randall J. Pederson, Unity in Diversity: English Puritans and the Puritan Reformation, 1603-1689, vol. 68, Brill Studies in Church History (Leiden: Brill, 2014).


[6] Ulrich G. Leinsle, Introduction to Scholastic Theology, trad. Michael J. Miller (Washington, DC: Catholic University of America Press, 2010), 10. Ver também, Ulrich G. Leinsle, “Sources, Methods, and Forms of Early Modern Theology”, em The Oxford Handbook of Early Modern Theology, 1600-1800, ed. Ulrich L. Lehner, Richard A. Muller e AG Roeber (Oxford: Oxford University Press, 2016), 25–42.


[7] Veja o capítulo 6 de McGraw, Reformed Scholasticism.


[8] Leinsle, Scholastic Theology, 12.


[9] Para uma série de exemplos, ver Matthew Levering e Gilles Emery, eds., Aristotle in Aquinas’ Theology (Oxford: Oxford University Press, 2018).


[10] Petrus Ramus, Scholae Dialecticae sive Animadversionum in Organum Aristotelis Libri Viginti (Frankfurt, 1594); Steven J. Reid e Emma Annette Wilson, eds., Ramus, Pedagogy and the Liberal Arts: Ramism in Brittain and the Wider World (Londres: Routledge, 2011).


[11] Francis Turretin, Institutes of Elenctic Theology, ed. James T Dennison, trad. George Musgrave Giger, 3 vols. (Phillipsburg, NJ: Publicação P&R, 1992).


[12] Walaeus et al., Synopsis Purioris Theologiae = Sinopse de uma Teologia Mais Pura, ed. Henk van den Belt, trad. Riemer A. Faber, vol. 1, 3 volumes. (Leiden: Brill, 2015).


[13] Boaventura, Breviloquium, ed. Dominic Monti, vol. 9, Works of St. Bonaventure (Nova York: The Franciscan Institute, 2005).


[14] William Ames, Medulla SS Theologiæ, em Fine Adjuncta Est Disputatio De Fidei Divinæ Veritate. Editio Tertia Priori Longe Corrector (Londres, 1629); William Ames, The Marrow of Theology, trad. John D Eusden (Grand Rapids, MI: Baker Books, 1997); Johannes Wollebius, Compendium Theologiæ Christianæ, Editio Ultima Prioribus Multo Corrector , 9ª ed. (Cantabrigiæ, 1655); Johannes Wollebius, O resumo da divindade cristã compilado de forma tão exata e metodicamente que nos leva como se fosse pela mão à leitura das Sagradas Escrituras, ordenação de lugares comuns, compreensão de controvérsias, esclarecimento de alguns casos de consciência: por John Wollebius; Traduzido fielmente para o inglês por Alexander Ross., trad. Alexander Ross (Londres: Impresso por T. Mabb para Joseph Nevill e será vendido em sua loja, sd), acessado em 3 de abril de 2015.


[15] Amandus Polanus, Syntagma Theologiae Christianae Ab Amando Polano a Polansdorf: Juxta Leges Ordinis Methodici Conformatum, Atque in Libros Decem Digestum Jamque Demum in Unum Volumen Compactum, Novissime Emendatum (Hanoviae, 1610).


[16] William Roscoe Estep, Renaissance and Reformation (Grand Rapids, MI: Eerdmans, 1995); William Cecil Dampier Dampier, A History of Science and Its Relations with Philosophy & Religion (Nova York: Macmillan, 1944).


[17] Embora os protestantes provavelmente apreciem menos as orações de Boaventura a Maria e seu objetivo de contemplação mística nesta última obra do que as obras populares de escolásticos reformados, como os sermões puritanos.


[18] Andreas Hyperius, Methodus Theologiae Adj. Eft. De Ejusdem Vita Et Obita Oratis Wigandi Arthii (Basileae, 1562).


[19] John Owen, The Works of John Owen., ed. WH Goold (Londres: Banner of Truth Trust, 1965).


[20] Tomás de Aquino, Summa Theologiae, trad. Lawrence Shapcote, Edição Latina/Inglês das Obras de São Tomás de Aquino (Steubenville, OH: Emaus Academic, 2012). 3.3.3.


[21] Polanus, Syntagma Theologiae Christianae, 605.


[22] Polano, 672–83.


[23] Veja o volume 4 do PRRD de Muller para uma narrativa detalhada.


[24] Boécio, Liber de Persona et Duabus Naturis, Contra Eutychen et Nestorium, ad Johannem Diaconum Ecclesiae Romanae, Patrologia Latina, ed. J.-P. Migne (Paris, 1847), 64:1345.


[25] Richard St. Victor, Richard Saint-Victor, On the Trinity, ed. Jean Riballier, trad. Aage Rydstro-Poulsen, vol. 4, Brepolis Library of Christian Sources (Turnhout, Bélgica: Brepolis, 2021), livro 4, capítulo 7.


[26] “Alias ​​ergo subintelligitur proprietas, alias proprietas specialis; ad nomen autmen persone proprietas individualis, singularis, incommunicabilis.” São Victor, Trinity, 4:166; obrigado. 4, cap. 6.


[27] Tomás de Aquino, Summa Theologiae, 1.29.4.


[28] João Calvino, Institutas da Religião Cristã, ed. John T. McNeill, trad. Batalhas de Ford Lewis, vol. XX–XXI, Biblioteca de Clássicos Cristãos (Filadélfia: Westminster Press, 1960), 1:128. Bk. 1.13.6.


[29] Para um bom estudo desta história, veja Brannon Ellis, Calvin, Classical Trinitarianism, and the Aseity of the Son (Oxford: Oxford University Press, 2012).


[30] Francis Cheynell, The Divine Triunity of the Father, Son, and Holy Spirit, ou, the Blessed Doctrine of the Three Coessentiall Subsistents in the Eternall Godhead Without Any Confusion or Division of the Distinct Subsistences or Multiplication of the Most Single and Entire Godhead Acknowledged, Beleeved, Adored by Christians, in Opposition to Pagans, Jewes, Mahumetans, Blasphemous and Antichristian Hereticks, Who Say They Are Christians, but Are Not (Londres, 1650), 96.


[31] Cheynell, 76.


[32] Ver capítulo cinco (em coautoria com Scott Cook) de Ryan M. McGraw, ed., Charles Hodge: American Reformed Orthodox Theologian, Reformed Historical Theology (Gottingen: Vandenhoeck & Ruprecht, 2023).


[33] Polanus, Syntagma Theologiae Christianae, 907.


[34] Turretin, Institutes of Elenctic Theology, 3:635–36.


[35] Walaeus et al., Synopsis Purioris Theologiae = Sinopse de uma Teologia Mais Pura, ed. Harm Gorris, trad. Riemer A. Faber, vol. 3 (Leiden: Brill, 2020), 609.


[36] Edward Leigh, A Systeme or Body of Divinity Consisting of Ten Books, Wherein the Fundamentals and Main Grounds of Religion Are Opened (Londres, 1654).


 

Traduzido por Victor Hugo Pereira.

Peter Sammons

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